Nos dias atuais é muito
comum vermos crianças que, apesar de não se alimentarem bem, estão acima do
peso ideal ou até mesmo obesas.
Como Profissional de Saúde,
procuro mostrar aos pais que a alimentação deficiente em nutrientes essenciais
(mas rica em açúcar e sal) não causará apenas cáries, mas também problemas que
podem se agravar, como as chamadas “doenças de adulto” (diabetes e hipertensão).
Alem do açúcar e sal em
excesso, os alimentos industrializados, que chamo “comida de preguiçoso” (basta
abrir a embalagem e consumir) também têm muitos corantes e conservantes, e o
que vemos hoje são crianças com alergias e intolerâncias a alimentos, talvez
por esses excessos.
Quando o bebê começa a comer
comida sólida, a pedido do Pediatra, alguns pais acham que a criança “cospe” a
comida porque não gostou do sabor. Na verdade, os dentinhos que ainda não
nasceram é que deveriam impedir a língua de projetar-se para fora da boca, no
momento da deglutição. Quando engolimos, nossa língua toca na face interna dos
dentes anteriores; se a criança ainda não tem esses dentes, a língua ainda não
tem seu limite dentro da boca.
Essa “falta de limites” da
língua leva alguns pais a pensarem que a criança não gostou do alimento, o que
não é correto, pois nos primeiros anos de vida a criança está construindo seu
paladar, então tudo que insistimos, ela acaba gostando.
Também é importante lembrar
que a criança terá o exemplo dos pais no quesito alimentação, ou seja, se os
pais não gostam de certo alimento, como querer que ela goste? O mesmo exemplo serve para escovar os dentes, OK? ;)
A alimentação da criança
também deve seguir uma rotina, como a dos adultos, cujo intervalo entre uma
refeição e outra deve ser de, no mínimo, três horas. Não devemos permitir que a
criança alimente-se em intervalos mais curtos, pois seu estômago, muito
pequeno, satisfaz-se com pouca quantidade de comida, e ela ainda não tem o nosso
péssimo habito de comer sem estar com fome; dessa forma, se a criança comer
qualquer coisa nos intervalos das refeições, não terá fome, o que remete os
pais àquele sentimento de culpa porque ela não comeu, e acabam permitindo que coma
guloseimas.
O doce das guloseimas
costumam tirar o apetite, além de ter, geralmente, excessos de açúcar e sal. Devemos
saber que tem hora para o sorvete e hora para a salada, por exemplo.
Não podemos exigir bom senso
de uma criança, ao se alimentar, se o adulto, que deveria ter bom senso, não
tem. Querem um exemplo? Adulto fuma e bebe e sabe que faz mal; bebe e dirige,
sabendo que é extramente perigoso.
O bom senso dos pais deve
ditar as normas para uma boa alimentação da criança, sem precisar privá-la das
guloseimas que ela gosta, mas fazendo com que ela tenha uma alimentação
saudável, na hora certa, para construção de sua saúde e qualidade de vida.
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