Não sou uma pessoa de me ofender
facilmente: a última vez que isso aconteceu eu tinha uns doze anos, talvez,
quando, em uma brincadeira de rua, uma menina me chamou de filha da ..... Aquela
dupla ofensa foi terrível, pois além de “ofender” minha mãe, não podíamos falar
palavrão em hipótese nenhuma! Apesar do desconforto inicial, momentos depois já
estávamos todos brincando novamente, o que é bastante comum entre pessoas
civilizadas.
Aos quinze anos, levada por
minha mãe, fui ao Rio de Janeiro pela primeira vez. Como eu era uma estudiosa
aluna do 1º ano da ETFAM, e fora uma boa aluna de História e Geografia no
Estelita Tapajós, sabia das diferenças tão gritantes do nosso país continental,
o que não evitou a tentativa dos meus primos cariocas de trollar (visionários!)
esta que vos escreve!
Sim! Em Manaus neva em Setembro! =) |
_ Prima, quando você for
tomar banho no mar, não bebe a água, pois é muito salgada! – diziam, rindo da
caboquinha.
Sim, com tão pouca idade eu
já sabia me defender:
_ Salgada, é? Pois melhor é
a água do Rio Negro, que é tão doce que nem precisamos adoçar o café!
E eles corriam para mamãe:
_ É verdade mesmo, titia?!?
E mamãe ria até não poder
mais!
Descobriram que minha orelha
não era furada, o que só fiz com mais de vinte e tantos anos. Perguntaram à índia:
_ Por que sua orelha não é
furada?!?
_ Ué! Vocês não sabem?!? Lá
no Amazonas não usamos brinco na orelha, mas no nariz!
Novamente corriam até mamãe
para confirmar, que ria das tiradas da filha.
E sempre foi assim: recebia
um limão e fazia uma limonada suíça! Portanto, desculpem aqueles que têm
problemas com quem, por puro desconhecimento, fala mal de Manaus, mas vociferar nos impede
de ver as excelentes oportunidades de nos divertir com a falta de conhecimento
alheia! =P
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