quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Qual é o final feliz?


Longe de ter a menor pretensão de ser crítica de cinema, deu vontade de falar sobre o filme “The woman in black".

Seria mais um filme de suspense, com Daniel Radcliffe desencarnando do personagem Harry Potter, se a historia não tivesse um final diferente do que estamos acostumados, o esperado “final feliz”. Mas qual final é o feliz?

Arthur é um Advogado viúvo, com um pequeno filho órfão, sem a menor alegria de viver, se esforçando para trabalhar em função do filho; é designado para o interior da Inglaterra, onde acontecem estranhas mortes de crianças (pelo que ele descobre) influenciadas pelo espírito de uma mulher de preto, que suicidou por não poder ficar com o próprio filho.

Arthur desvenda o mistério e acredita que a “maldição” acabará, pois ele consegue encontrar o corpo da criança e enterrá-lo junto ao corpo da verdadeira mãe, que jurou nunca perdoar a irmã que tomou seu filho.

Certo de que tudo estava resolvido, Arthur resolve sair da cidade com seu filho que chega para passar o fim de semana. Ainda na estação, em um momento de distração, o menino, igual às outras crianças que morreram, parece entrar em um transe que o leva à morte nos trilhos do trem.

Arthur corre para salvar o filho e morre junto com ele, não sem antes ver a mulher de preto no local.

Muitos dirão que ela continua matando, mas quando Arthur e o filho morrem, quem os espera? A mãe que o pequenino perdeu ao nascer e sequer conhecia; aquela que levou do Advogado toda sua alegria de viver; os três, enfim, se reuniram. Não teria a mulher de preto apenas retribuído o favor a Arthur? 

Para mim, que ouvi de algumas pessoas “Não gostei! Eles morreram.”, foi excelente o final, pois o que importa de que “lado” da vida estamos, se estamos felizes e com quem amamos?!

Um comentário:

  1. Li sua resenha e opinião sobre o filme... Concordo em parte, pois acredito que a Mulher de preto não retribuiu o favor conscientemente, ela continuou a fazer o que sempre fez, maldade... Contudo por um acaso fez um bem, mesmo sem a intenção acabou reunindo uma família separada pela morte novamente... Abs!

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