quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

RECOMEÇAR ( Paulo Roberto Gaefke)



"Não importa onde você parou...
em que momento da vida você cansou...
o que importa é que sempre é possível e
necessário recomeçar".

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...
é renovar as esperanças na vida e o mais importante...
acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado...
Chorou muito?
foi limpeza da alma...

Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia...
Sentiu-se só por diversas vezes?
é por que fechaste a porta até para os anjos...

Acreditou que tudo estava perdido?
era o início da tua melhora...
Pois agora é hora de iniciar...
de pensar na luz...
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Que tal :
Um corte de cabelo arrojado...diferente?
Um novo curso...ou aquele velho desejo
de aprender a pintar...desenhar...
dominar o computador...
ou qualquer outra coisa...

Olha quanto desafio...quanta coisa nova
nesse mundão de meu Deus te esperando.
Tá se sentindo sozinho?
besteira...tem tanta gente que você afastou
com o seu "período de isolamento"...
tem tanta gente esperando apenas um sorriso
teu para "chegar" perto de você.

Quando nos trancamos na tristeza...
nem nós mesmos nos suportamos...ficamos horríveis...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

ALEGRIA, por Dalai Lama

· Dê mais às pessoas, MAIS do que elas esperam, e faça com alegria.
· Decore seu poema favorito.
· Não acredite em tudo que você ouve, gaste tudo o que você tem e durma tanto quanto você queira.
· Quando disser "Eu te amo" olhe as pessoas nos olhos.
· Fique noivo pelo menos seis meses antes de se casar.
· Acredite em amor à primeira vista.
· Nunca ria dos sonhos de outras pessoas.
· Ame profundamente e com paixão.
· Você pode se machucar, mas é a única forma de viver a vida completamente.
· Em desentendimento, brigue de forma justa, não use palavrões.
· Não julgue as pessoas pelo seus parentes.
· Fale devagar mas pense com rapidez.
· Quando alguém perguntar algo que você não quer responder, sorria e pergunte: "Porque você quer saber?".
· Lembre-se que grandes amores e grandes conquistas envolvem riscos.
· Ligue para sua mãe.
· Diga "saúde" quando alguém espirrar.
· Quando você se deu conta que cometeu um erro, tome as atitudes necessárias.
· Quando você perder, não perca a lição.
· Lembre-se dos três Rs: Respeito por si próprio, respeito ao próximo e responsabilidade pelas ações.
· Não deixe uma pequena disputa ferir uma grande amizade.
· Sorria ao atender o telefone, a pessoa que estiver chamando ouvirá isso em sua voz.
· Case com alguém que você goste de conversar. Ao envelhecerem suas aptidões de conversação serão tão importantes quanto qualquer outra.
· Passe mais tempo sozinho.
· Abra seus braços para as mudanças, mas não abra mão de seus valores.
· Lembre-se de que o silêncio, às vezes, é a melhor resposta.
· Leia mais livros e assista menos TV.
· Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e olhar para trás, você poderá aproveitá-la mais uma vez.
· Confie em Deus, mas tranque o carro.
· Uma atmosfera de amor em sua casa é muito importante. Faça tudo que puder para criar um lar tranquilo e com harmonia.
· Em desentendimento com entes queridos, enfoque a situação atual.
· Não fale do passado.
· Leia o que está nas entrelinhas.
· Reparta o seu conhecimento. É uma forma de alcançar a imortalidade.
· Seja gentil com o planeta.
· Reze. Há um poder incomensurável nisso.
· Nunca interrompa enquanto estiver sendo elogiado.
· Cuide da sua própria vida.
· Não confie em alguém que não fecha os olhos enquanto beija.
· Uma vez por ano, vá a algum lugar onde nunca esteve antes.
· Se você ganhar muito dinheiro, coloque-o a serviço de ajudar os outros, enquanto você for vivo. Esta é a maior satisfação de riqueza.
· Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor de um pelo outro é maior do que a necessidade de um pelo outro.
· Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para conseguir.
· Lembre-se de que seu caráter é seu destino.
· Usufrua o amor e a culinária com abandono total.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Movimento por um Brasil literário - carta do Bartolomeu‏

Belo Horizonte, 8 de dezembro de 2009


Anna,

Hoje, me vi pensando como seria viver em um país de leitores literários. Pode ser apenas um sonho, mas estaríamos em um lugar em que a tolerância seria melhor exercida. Praticar a tolerância é abrigar, com respeito, as divergências, atitude só viável quando estamos em liberdade. Desconfio que, com tolerância, conviver com as diferenças torna-se em encantamento. A escrita literária se configura quando o escritor rompe com o cotidiano da linguagem e deixa vir à tona toda sua diferença – e sem preconceitos. São antigas as questões que nos afligem: é o medo da morte, do abandono, da perda, do desencontro, da solidão, desejo de amar e ser amado. E, nas pausas estabelecidas entre essas nossas faltas, carregamos grande vocação para a felicidade. O texto literário não nasce desacompanhado destes incômodos que suportamos vida afora. Mas temos o desejo de tratá-los com a elegância que a dignidade da consciência nos confere.

A leitura literária, a mim me parece, promove em nós um desejo delicado de ver democratizada a razão. Passamos a escutar e compreender que o singular de cada um – homens e mulheres – é que determina sua forma de relação. Todo sujeito guarda bem dentro de si um outro mundo possível. Pela leitura literária esse anseio ganha corpo. É com esse universo secreto que a palavra literária quer travar a sua conversa. O texto literário nos chega sempre vestido de novas vestes para inaugurar este diálogo, e, ainda que sobre truncadas escolhas, também com muitas aberturas para diversas reflexões. E tudo a literatura realiza, de maneira intransferível, e segundo a experiência pessoal de cada leitor. Isto se faz claro quando diante de um texto nos confidenciamos: "ele falou antes de mim", ou "ele adivinhou o que eu queria dizer".

Anna, o texto literário não ignora a metáfora. Reconhece sua força e possibilidade de acolher as diferenças. As metáforas tanto velam o que o autor tem a dizer como revelam os leitores diante de si mesmo. Duas faces tem, pois, a palavra literária e são elas que permitem ao leitor uma escolha. No texto literário autor e leitor se somam e uma terceira obra, que jamais será editada, se manifesta. A literatura, por dar a voz ao leitor, concorre para a sua autonomia. Outorga-lhe o direito de escolher o seu próprio destino. Por ser assim, Anna, a leitura literária cria uma relação de delicadeza entre homens e mulheres.

Uma sociedade delicada luta pela igualdade dos direitos, repudia as injustiças, despreza os privilégios, rejeita a corrupção, confirma a liberdade como um direito que nascemos com ele. Para tanto, a literatura propõe novos discernimentos, opções mais críticas, alternativas criativas e confia no nosso poder de reinvenção. Pela leitura conferimos que a criatividade é inerente a todos nós. Pela leitura literária nos descobrimos capazes também de sonhar com outras realidades. Daí, compreender, com lucidez, que a metáfora, tão recorrente nos textos literários, é também uma figura política.

Quando pensamos, Anna, em um Brasil Literário é por reconhecer o poder da literatura e sua função sensibilizadora e alteradora. Mas é preciso tomar cuidados. Numa sociedade consumista e sedutora, muitos são leitores para consumo externo. Lêem para garantir o poder, fazem da leitura um objeto de sedução. É preciso pensar o Brasil Literário com aquele leitor capaz de abrir-se para que a palavra literária se torne encarnada e que passe primeiro pelo consumo interno para, só depois, tornar-se ação.

Anna, o Brasil Literário pode, em princípio, parecer uma utopia, mas por que não buscar realizá-la?

Com meu abraço, sempre, Bartolomeu

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Não desistir

"Todos os dias, um velho sábio parava em uma praça pública daquela pequena cidade, subia em um caixote, e começava a pedir que aquelas pessoas mudassem, que se tornassem mais humanas, tivessem mais amor e dessem mais amor.
Todos passavam, e mal o olhavam ou escutavam; o sábio continuava no seu discurso pedindo que aquelas pessoas mudassem.
Um certo dia, um homem que passava perguntou:
_ Você não vê que eles nem ligam para o que você fala? Por que nao desce daí e vai cuidar da sua vida? Eles não vão mudar!
O velho sábio respondeu:
_ Porque, se eu fizer isso, eles é que terão conseguido me mudar..."

Não importa o que nos façam, não podem nos fazer desistir.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Receita de Dona Cacilda


Dona Cacilda é uma senhora de 92 anos, miúda,e tão elegante, que todo dia às 08 da manhã ela já está toda vestida, bem penteada e discretamente maquiada, apesar de sua pouca visão. E hoje ela se mudou para uma casa de repouso: o marido, com quem ela viveu 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra solução.

Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, elaainda deu um lindo sorriso quando a atendente veio dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em direção ao elevador, dei uma descrição do seu minúsculo quartinho, inclusive das cortinas floridas que enfeitavam a janela.Ela me interrompeu com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.

- Ah, eu adoro essas cortinas...

- Dona Cacilda, a senhora ainda nem viu seu quarto... Espera um pouco...

- Isto não tem nada a ver, ela respondeu, felicidade é algo que você decide por princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não depende de como a mobília vai estar arrumada... Vai depender de como eu preparo minha expectativa.E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão que tomo todo dia quando acordo.

Sabe, eu posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem...Ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.

- Simples assim?

- Nem tanto; isto é para quem tem autocontrole e exigiu de mim um certo 'treino' pelos anos a fora, mas é bom saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em conseqüência, os sentimentos.

Calmamente ela continuou:

- Cada dia é um presente, e enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: você só retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar um monte de alegrias e felicidades na sua Conta de Lembranças. E, aliás, obrigada por este seu depósito no meu Banco de lembranças.

Como você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais complexa que seja a vida, sábio é quem a simplifica.

Depois me pediu para anotar:

COMO MANTER-SE JOVEM

1. Deixe fora os números que não são essenciais. Isto inclui a idade,o peso e a altura. Deixe que os médicos se preocupem com isso.

2. Mantenha só os amigos divertidos. Os depressivos puxam para baixo. (Lembre-se disto se for um desses depressivos!)

3. Aprenda sempre: Aprenda mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso. 'Uma mente preguiçosa é oficina do Alemão.' E o nome do Alemão é Alzheimer!

4. Aprecie mais as pequenas coisas
5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e alto. Ria até lhe faltar o ar. E se tiver um amigo que o faça rir, passe muito e muito tempo com ele /ela!

6. Quando as lágrimas aparecerem Aguente, sofra e ultrapasse. A única pessoa que fica conosco toda a nossa vida somos nós próprios. VIVA enquanto estiver vivo.

7. Rodeie-se das coisas que ama: Quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que quer que seja. O seu lar é o seu refugio.

8 Tome cuidado com a sua saúde:Se é boa, mantenha-a. Se é instável, melhore-a. Se não consegue melhora-la , procure ajuda.

9. Não faça viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, até a um país diferente, mas NÃO para onde haja culpa

10. Diga às pessoas que ama que as ama a cada oportunidade.

"De nada vale a pena se não tocarmos o coração das pessoas."

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A CRIANÇA E O MEDO DO DENTISTA



O tão mal falado “medo do dentista”, mais conhecido nas crianças, nem sempre tem uma causa real.

A criança pode ter o medo objetivo e o subjetivo.
No medo objetivo, a criança passou por uma experiência dolorosa que lhe traumatizou, e a dor é que traumatiza; pode ter sido uma internação hospitalar, muitas injeções, e até mesmo um tratamento odontológico complexo ou demorado.

No medo subjetivo, a criança absorve as experiências alheias (o adulto conta o que passou no dentista, e ela potencializa aquela informação), ou ainda, prometem-lhe castigos do tipo “Vou mandar o dentista arrancar teu dente!” ou “ O dentista vai te dar uma injeção se você não parar!”

Como preparar a criança para ir ao dentista:

1. Fale a verdade. Diga-lhe, sim, que vai ao dentista, pois se ela descobre que foi enganada, poderá pensar que é algo ruim, e por isso você não disse a verdade. O tratamento odontológico não deve ser encarado como sofrimento, mas como parte fundamental na manutenção da saúde da criança;

2. Explique de acordo com a idade. Dos 2 aos 4 anos: “Quero que o dentista tire o bicho que roeu o seu dente e fez uma casinha nele.”, ou "quero que veja se não tem bichinho no seu dente. Eles são muito pequenos e só o dentista consegue ver"; depois dos 5 anos fale a real importância da saúde, principalmente se a criança já estuda;

3. Evite explicar o tratamento para a criança, como “O dentista só vai olhar”, porque não acontecerá isso, principalmente se a criança está sentindo dor. Deixe que o dentista explique o tratamento;

4. Demonstre e transmita segurança à criança, e não ansiedade. Quanto menos você falar, mais o dentista poderá agir, então siga suas instruções;

5. Não espere a criança sentir dor para ir ao dentista. O ideal é que a primeira consulta da criança seja feita antes de nascer o primeiro dentinho, para que a mãe receba orientações para evitar a cárie, pois o tratamento preventivo é mais rápido e mais barato que o tratamento curativo;

6. Se os pais têm dúvidas de como será o tratamento odontológico de sua criança, seria mais interessante procurar o dentista e tirar suas dúvidas, antes de levá-la ao consultório.

Dentista não é castigo. Assim como o medico, ele está para ajudar a criança a ter saúde, e principalmente para prevenir a doença cárie, antes que ela se instale e cause dor.

Anna Borges Louzada CRO-AM 1192

Odontopediatra

Manaus-AM

terça-feira, 13 de outubro de 2009

(Texto na Revista do Jornal O Globo)
'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação! E, entre uma coisa e outra, leio livros. Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic. Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero. Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho. Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias.. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir. Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra. A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela. Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'
Martha Medeiros - Jornalista e escritora
REPASSEM PARA TODAS AS MULHERES MARAVILHOSAS , QUE BATALHAM, QUE LUTAM PARA SER FELIZ!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O HOMEM E SEU FILHOTE


O homem é o único animal que oferece sua cria aos predadores.
Enquanto, no reino animal, todos os outros escondem suas crias, para que não sejam devorados pelos animais de outras espécies, o homem leva seu filhote recém-nascido, ainda sem anticorpos que o protejam, para locais públicos (shoppings, feiras, supermercados e o que mais se possa imaginar), expondo-o aos predadores naturais da espécie (vírus, bactérias, protozoários e alergias).

Sei que esta pode parecer uma forma um tanto quanto assustadora de mostrar o problema, mas na verdade é exatamente isso que acontece.

Quando uma criança nasce, seu sistema imunológico ainda é imaturo, e ela precisa do leite materno e das vacinas para fortalecer suas próprias defesas orgânicas, que só deverão estar realmente prontas por volta dos cinco anos de idade.

O leite materno contém vários tipos de anticorpos (Imunoglobulinas) que passarão da mãe para o bebê; nos primeiros meses de vida, a criança precisa receber da mãe esses anticorpos, até que ela possa fabricar os seus próprios defensores, ficando apta para enfrentar os inimigos invisíveis que o rondam.

Ao ver pessoas passeando com bebês recém-nascidos (mesmo!) em pleno shopping de Manaus, sinto uma vontade quase que incontrolável de bater-lhes no ombro e indagar “Você já ouviu falar em gripe suína?”, ou mesmo “Você sabia que predadores espreitam seu filhote?”... sei que parecerei uma maluca paranóica, mas... não é melhor prevenir que remediar?!?

sexta-feira, 24 de julho de 2009


Meu livro na

ESCOVAR!

O saudável hábito de escovar os dentes após as refeições é imprescindível para a manutenção de uma boa saúde bucal.

Após o consumo de qualquer tipo de açúcar, o pH da boca cai em, no máximo dez minutos, só se normalizando em 45 a 60 minutos, ou seja, bem mais devagar. A cada novo consumo de açúcar, o processo se repete, e o pH fica ácido, abaixo do nível crítico (quando ocorre a desmineralização – enfraquecimento do esmalte pela perda dos seus minerais), por 15 a 20 minutos.

A queda do pH, que fica ácido, favorece o aparecimento da placa bacteriana, que se alimentará do açúcar que ficou na boca.

Quando falamos em açúcar, muitos podem pensar que são apenas os doces e refrigerantes que contém açúcar, mas na verdade a grande maioria dos alimentos contem algum tipo de açúcar que, em contato com a saliva na boca, se transformam no alimento favorito da bactéria causadora da cárie.

Após uma refeição, se não é feita a escovação, o meio ácido da boca torna-se o ambiente ideal para o “trabalho” das bactérias causadoras da cárie.
Quando é feita a escovação, com creme dental com flúor, esse flúor contido no creme dental aumenta o pH do meio bucal, impedindo as bactérias de produzirem mais ácidos, e devolvendo os minerais (remineralização) que o esmalte do dente perdeu com a desmineralização.

Para que haja um equilíbrio entre a desmineralização e a remineralização, o Flúor se faz necessário. Se não há o flúor para devolver os minerais, a cárie aparece, pois só ocorrerá a desmineralização, e um maior aumento do número de bactérias devido ao ambiente favorável a elas.


É importante que a escovação, após as refeições, seja estimulada como uma forma eficaz de prevenir a cárie e as doenças periodontais, tanto em crianças quanto em adultos, e a melhor forma de desenvolver e adquirir esse hábito é o adulto fazer junto com a criança, desde a mais tenra idade do bebê, que adora imitar seus pais, então nada melhor do que dar o bom exemplo.

Anna Borges Louzada
Odontopediatra
CRO-AM 1192

Em defesa do Flúor





A historia do Flúor começa no inicio do Século XX, em 1901 na Itália, e em 1916 nos EUA, onde foram observados dentes com manchas marrons impossíveis de serem removidas, em cidades abastecidas por uma mesma fonte de água potável. Por outro lado, observou-se que as pessoas com os dentes manchados tinham menos cáries que outras cujos dentes não possuíam essas manchas.

Diante dessas descobertas, foi levantada a hipótese de que na água existiria algum componente desconhecido, que estaria provocando as manchas nos dentes, o que foi confirmado em 1931, quando uma analise da água detectou uma alta concentração de flúor.

A partir de então, muitos estudos foram feitos até encontrar a concentração de flúor ideal para reduzir a cárie e não provocar manchas nos dentes ("fluorose"), assim como tantos outros procuraram relacionar outras doenças mais graves com o flúor. Começava uma nova era da Odontologia: a era da prevenção para a promoção da saúde.

A fluoretaçao da água começou, nos EUA, em 1942, e no Brasil em 1953; e nos dias atuais o flúor continua sendo recomendado por Organizações nacionais e internacionais, como a Organização Mundial de saúde (OMS ), como o recurso mais eficaz de prevenção da cárie.

Das "acusações"contra o flúor, a única realmente comprovada é que ele pode causar fluorose (esmalte do dente manchado), mas tal problema só ocorre quando há um consumo excessivo de flúor, e nós sabemos que qualquer medicamento usado em excesso, sem controle médico, pode causar problemas graves.

Ainda para esclarecer, o flúor só causa a fluorose se engolido em grande quantidade, por um determinado período de tempo, e essas manchas só atingem os dentes que ainda vão "nascer". Sendo assim, não há contra-indicação de usar o flúor como estamos acostumados ,ou seja, aplicado sobre os dentes na forma de bochecho, gel ou no creme dental, pois esse flúor não é engolido.

Quanto ao flúor que grávidas e crianças tomam para fortalecer os dentes que estão se formando, o médico sabe perfeitamente a quantidade adequada que cada um deve tomar, portanto,não há perigo desde que instruções médicas sejam seguidas.
Nos EUA, estudos epidemiológicos, comparando o numero de mortes por câncer, não mostraram diferenças significativas entre comunidades que têm água fluoretada e as que não têm.

Para afirmar que o flúor causa câncer, é necessário muito estudo objetivo, sendo eles epidemiológicos, clínicos e laboratoriais, e até o momento não temos conhecimento de nenhum trabalho cientifico com esses resultados.

É inegável o beneficio do flúor na prevenção da cárie, quer seja na fluoretaçao da água (reduz a cárie de 50 a 65%), na aplicação de flúor tópico ( bochechos ou gel reduzem a cárie de 20 a 40%) ou no uso do creme dental com flúor.

Querer atribuir ao flúor responsabilidade por doenças graves, sem um estudo detalhado e bem fundamentado, pode apenas nos parecer leviano, mas uma afirmação como essa pode assustar pessoas leigas, que poderão, simplesmente, deixar de usar o flúor, e ter como conseqüência o aumento da cárie, o que não seria nada bom para um País que já tem um dos maiores índices de prevalência de cárie do mundo.

Anna Borges Louzada
Odontopediatra
CRO-Am 1192.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

INTOXICAÇÃO PELO MERCÚRIO: PERIGO PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR

O Mercúrio é um metal líquido, que se volatiliza facilmente, mesmo à temperatura ambiente, dispersando–se e contaminando, assim, a atmosfera do local de trabalho. Quando aquecido, transforma–se em um gás incolor e inodoro. Sua evaporação aumenta com o aumento da temperatura, podendo evaporar – se até oito vezes mais, em uma elevação de temperatura de 20 º C a 50 º C.
O mercúrio metálico é responsável por um grande número de intoxicações agudas e crônicas, em saúde ocupacional, com graves seqüelas e até óbitos. Muitas doenças causadas por esse metal podem ser diagnosticadas erroneamente como de outras causas, se o profissional de saúde não conhecer a história ocupacional do trabalhador e os riscos da exposição ao mercúrio.
Estima – se que, pelo menos, noventa tipos de atividades estejam expostas ao mercúrio. Dentre essas, podemos citar Indústrias de cloro-soda, equipamentos eletrônicos, termômetros, lâmpadas fluorescentes e neon, amálgama odontológico, produção de polpa de papel, corantes e tintas, garimpo de ouro e prata, Indústria de jóias, medicamentos, prateação de espelhos, manufatura de tintas, produção de acetaldeído, desinfetantes, explosivos, laboratório químico/fotográfico, conservantes de madeira, produção de chapéus de feltro, refinarias de petróleo, usina nuclear, metalurgia, cosméticos e perfumes, conservação de peles de animais, anti-séptico, manufatura de papel, Inseticidas, fungicidas, e herbicidas aplicados na agricultura, produtos para conservação de sementes e catalisador.
O mercúrio e seus componentes tóxicos penetram no organismo por inalação, absorção cutânea e por via digestiva. As três formas são tóxicas, mas cada uma delas possui características toxicológicas próprias. A principal via de penetração é a respiratória, em até 80% dos casos, sendo que 80% do mercúrio inalado ficam retidos no organismo. Deposita-se em vários órgãos como o rim, fígado, testículos, tireóide, membranas do trato intestinal, glândulas salivares, medula óssea e baço; atravessa a barreira hemato-encefálica e aloja-se no Sistema Nervoso Central (SNC); também atravessa a barreira placentária, atingindo o embrião/feto
A eliminação do mercúrio dá - se pela urina, fezes, saliva, suor e o ar expirado. A permanência desse metal no corpo humano é, em média, sessenta dias, mas no SNC ultrapassa um ano, e não há provas de que ele seja totalmente eliminado do organismo.
Um exemplo dos males que o mercúrio causa foi observado na cidade de Minamata, no Japão (1960), onde uma indústria que usava metilmercúrio, e despejava seus resíduos na Baía de Minamata, contaminando água e peixes, causou a morte de sessenta e cinco pessoas, e o nascimento de crianças com grandes distúrbios genéticos, principalmente neurológicos.
Na Inglaterra do Rei Eduardo VII (1902), fabricantes de chapéus de feltro, expostos ao mercúrio utilizado no processo de feltração, apresentaram uma síndrome conhecida como Dança de São Vítor, caracterizada por contínuos movimentos involuntários dos músculos da face e das extremidades, além de distúrbios psiquiátricos, o que deu origem à doença conhecida como ¨loucura dos chapeleiros¨, e à expressão ¨louco como um chapeleiro¨.
Zavariz & Glina (1993) realizaram estudo, em uma fábrica de lâmpadas elétricas de Santo Amaro - SP., em 91 trabalhadores, entre homens e mulheres, com idades entre 20 e 65 anos, expostos ao mercúrio metálico utilizado na fabricação de lâmpadas fluorescentes, com tempo de serviço variando entre 4 meses e 30 anos. Dos 91 trabalhadores avaliados, 84,62% apresentavam quadro de intoxicação por mercúrio, com manifestações da doença que iam desde amolecimento dos dentes até distúrbios neurológicos.
A legislação brasileira, através das Normas Regulamentadoras (NR´s) do Ministério do Trabalho, e a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelecem um Limite de Tolerância Biológica (LTB) para o trabalhador exposto ao mercúrio, mas muitos pesquisadores afirmam que não há um limite seguro, e que o ideal é que as medidas preventivas sejam efetivas e constantes, para garantir a saúde do trabalhador.
A NR15 lista o mercúrio como um dos principais agentes nocivos que afetam a saúde do trabalhador, referindo – o como grau máximo de insalubridade. Dentre os metais que causam doença ocupacional, é o que apresenta a maior diversidade de efeitos (neurológicos, psicológicos, cardio -respiratórios, gastrintestinais, renais e bucais).
Muitas doenças causadas pelo mercúrio são irreversíveis, podendo deixar o trabalhador permanentemente inapto para o trabalho, o que significaria um ônus muito maior do que a adoção de medidas de proteção e prevenção que valorizam o trabalhador.

Anna Borges Louzada
Odontologia Legal e do Trabalho
CRO – AM 1192


ZAVARIZ, C., GLINA, D.M.R., Efeitos da Exposição Ocupacional ao Mercúrio em Trabalhadores de uma Indústria de Lâmpadas Elétricas Localizada em Santo Amaro, São Paulo, Brasil. Cad.Saúde Públ., Rio de Janeiro, 9 (2): 117 – 129, abr/ jun, 1993.

Odontopediatria: traumatismos em dentes anteriores

Os traumatismos em dentes anteriores, seja uma simples fratura ( perda de um pedaço do dente), uma intrusão (entrada do dente na sua própria cavidade natural - alvéolo ) ou até perda total do dente ( expulsão do dente do alvéolo ) são bastante comuns no atendimento odontológico.

Normalmente, esse tipo de trauma ocorre, na dentição decídua ( dente de leite), entre 1 e 3 anos de idade, e na dentição permanente, entre 7 e 10 anos. Os meninos estão mais propensos a esses traumatismos do que as meninas. As lesões ocorrem com mais freqüência nos dentes superiores. Crianças com protusão dos dentes incisivos superiores ("dente de coelho") são mais suscetíveis ao trauma.
Mordida aberta por sucção digital (chupar dedo): dente mais propenso à fratura. 

As principais causas dos traumatismos são: quedas ocorridas em jogos e brinquedos, acidentes com objetos, brigas e acidentes automobilísticos.

A perda ou fratura do dente provoca um impacto emocional na criança e nos pais, cuja ansiedade e medo podem desfavorecer a intervenção imediata do Dentista. É necessário que os pais sejam tranqüilizados a respeito da reabilitação da criança diante do traumatismo sofrido.
É importante também que os pais possam fornecer respostas precisas a respeito do acidente que causou o trauma ( quando, onde e como ocorreu), pois o tratamento odontológico dependerá, em boa parte, das informações recebidas.

O tempo que decorre entre o acidente e a procura de um Dentista influencia no tratamento e nos resultados a esperar. O local onde ocorre o acidente ( na calçada, no playground, na piscina. etc.) indica a necessidade ou não da profilaxia do tétano ( vacinação ).

O dente que sofre um traumatismo, dependendo da intensidade do trauma, pode vir a mudar de cor devido à resposta inflamatória da polpa ( nervo ) do dente. Também dependendo da intensidade do trauma , poderá ocorrer "amolecimento" ou até perda do dente.


Quando o dente sai totalmente do alvéolo, geralmente, os pais desejam que se reimplante o dente, mas nem sempre é aconselhável fazer tal procedimento. O reimplante do dente permanente sempre deve ser tentado, pois não "nascerá" outro dente para substituí-lo; entretanto, o reimplante do dente de leite pode acarretar problemas mais sérios ao dente permanente que está por nascer, e comprometer muito mais que só a estética.
Dente permanente com mancha de Hipocalcificação, após trauma no dente de leite.

Mancha de Hipocalcificação nos dentes permanentes, após trauma no dente de leite.

Quando ocorre a intrusão do dente, dependendo da idade da criança, deve-se fazer o acompanhamento com radiografias e aguardar, pois geralmente esse dente voltará ao seu lugar no arco dentário; se for um dente de leite, o maior cuidado é com o dente permanente que vai nascer.

No caso de fratura do dente, deve-se levar o fragmento, para que o Dentista possa restaurá-lo com técnicas que reaproveitam o próprio pedaço fraturado.
Paciente bateu a boca na borda da piscina e fraturou o dente permanente.

Os cuidados para reimplantar o dente permanente começam no local do acidente: não se deve lavar o dente de forma alguma, com nenhum produto; o ideal é fazer o transporte até o consultório odontológico com o dente dentro da boca, que é seu "habitat" natural, ou então em um recipiente com leite ou soro fisiológico; quanto menos tempo transcorrer entre o acidente e o início do tratamento, maior é a chance de sucesso do tratamento, que não depende só disso, mas também da boa saúde geral do paciente.


Anna Borges Louzada
Odontopediatra
CRO-Am 1192.

A criança e a chupeta


O ato de sucção ("sugar", "chupar") é um reflexo inato da criança, ela já nasce sabendo; proporciona à criança sua sobrevivência e um vínculo afetivo com a mãe durante a amamentação. A sucção é muito importante para o bom desenvolvimento e crescimento dos ossos e músculos da face, por isso a mãe deve amamentar o filho nos dois seios, para que o desenvolvimento seja por igual.

Muitas vezes, a criança termina de mamar, saciou sua fome de leite, mas
não saciou sua vontade de sugar, então ela chora, e aí a mãe lhe dá a
chupeta. A criança terá, com a chupeta, a satisfação emocional com a
continuação do ato de sucção, até sentir - se saciada, então, nesse
momento, a chupeta é benéfica à criança. Quando a criança chora, por qualquer que seja o motivo, e a mãe lhe dá a chupeta, está sendo estimulado um habito que poderá trazer algumas conseqüências:

1. O uso contínuo da chupeta, após os dois anos de idade, fará com que a
criança, que está em crescimento físico e psicológico, tenha a chupeta
como um suporte emocional;


2. O crescimento dos ossos da face, com uma chupeta sempre na boca,
afastará os dentes, não permitindo que eles se toquem, podendo resultar
nos chamados "dentes de coelho", que também são os mais propensos a sofrer fraturas;

3. A criança sempre com a boca aberta poderá passar a respirar pela boca,
quando o correto é a respiração só pelo nariz;

4. A chupeta também pode atrapalhar a fala. Se a criança deixar a chupeta antes dos três anos de idade, os dentes tendem a voltar para sua posição normal, e a criança poderá fechar a boca normalmente, assim como respirar só pelo nariz, sem precisar de um possível tratamento ortodôntico para resolver esses problemas.


A criança que usa chupeta até os cinco anos ou mais, geralmente, tende a
desenvolver outros problemas bucais, que só costumam ser resolvidos com
tratamento ortodôntico (aparelho).
Fizemos uma boa troca: uma chupeta por um belo par de óculos!
Não se deve deixar a criança dormir a noite toda com a chupeta na boca, e para isso há um exercício muito simples que a mãe pode fazer: quando a criança já estiver dormindo, puxar a chupeta, levemente, para que ela volte a sugar; esse movimento deve ser repetido por 10 a 12 vezes, até que a criança canse sua musculatura, e largue a chupeta, para dormir com a boquinha fechada e respirar corretamente pelo nariz.

Um lembrete: mais nocivo que o hábito de chupar chupeta é a sucção digital
("chupar o dedo"), pois a chupeta pode ser tirada gradativamente.

Anna Borges Louzada
Odontopediatra
CRO-AM 1192

ODONTOLOGIA DO TRABALHO E SAÚDE INTEGRAL DO TRABALHADOR

Tramita no Congresso Federal, em caráter definitivo, o Projeto de Lei nº 422/2007, que pretende alterar, em parte, os artigos 162 e 168 da CLT, determinando que as empresas mantenham serviços especializados em Odontologia do Trabalho, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, e tornando obrigatório os exames odontológicos ocupacionais por conta do empregador. Em Dezembro último, o Dep. Federal Rodrigo Castro ( PSDB-MG), relator do Projeto, deu seu parecer favorável ao mesmo.

A Odontologia do Trabalho é uma nova especialidade, reconhecida em 2002. Seu principal objetivo é a busca permanente do equilíbrio entre a atividade laboral e a preservação da saúde bucal do trabalhador.
O Odontólogo do Trabalho identifica e previne doenças bucais, originadas no ambiente de trabalho, através de programas de educação e prevenção.
Estudos científicos mostram que determinadas atividades podem causar manifestações de doenças na cavidade bucal, tais como: dores generalizadas, inclusive nas articulações, inflamações gengivais, desgastes nos dentes, fraturas, mobilidade dentária e até perda total do dente; também é comprovado que muitas doenças sistêmicas têm muitos sinais e sintomas que aparecem primeiro na cavidade bucal. Tais manifestações acabam causando falta ao trabalho e/ou queda da produtividade do trabalhador.
Muitas doenças bucais podem ser diagnosticadas no exame pré-admissional, e tais diagnósticos precoces evitariam a falta do trabalhador ao emprego (absenteístmo), onerando menos a empresa.

Uma empresa que tem em seu quadro de colaboradores o Odontólogo do Trabalho em sua equipe de Segurança e Medicina do Trabalho pode obter as seguintes vantagens respectivamente:
PARA O TRABALHADOR: aumento da satisfação laboral; diminuição dos índices de cárie e doença periodontal; redução do problema da dor (uma das principais causas de acidentes de trabalho e suas conseqüências);
PARA O PAÍS: diminuição do número de acidentes de trabalho que sobrecarregam o Sistema Previdenciário;
PARA A EMPRESA: diminuição do absenteísmo; possibilidade de promover o tratamento odontológico sem prejuízo para o serviço; reconhecimento da responsabilidade social (empresa que se importa com a saúde integral do trabalhador).

Esperar pela regulamentação da lei pode significar uma maior perda para a empresa, pois um trabalhador que adquire uma doença profissional (tecnopatia) poderá resultar em um ônus muito mais expressivo do que a contratação de um profissional qualificado.

Anna Borges Louzada
CRO – AM 1192