domingo, 27 de novembro de 2011

Simpósio na UEA debate fluoretação de água em Manaus

Publicada em http://www.portalamazonia.com.br/editoria/cidades/simposio-na-uea-debate-fluoretacao-de-agua-em-manaus/

A água fluoretada está entre as dez conquistas de saúde pública do último século.
Portal Amazônia com informações de Anna Louzada


MANAUS - Manaus poderá contar com água fluoretada em 2012. A confirmação veio da empresa Água do Amazonas, durante Simpósio na Universidade Estadual do Amazonas (UEA), realizado nesta quinta-feira (24). O evento, realizado no auditório da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA) objetivou debater a adição de flúor às águas de abastecimento da capital.
O encontro contou com a participação do Coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca, do Professor Jaime Aparecido Cury (Unicamp), um dos maiores especialistas do estudo do flúor no Brasil. Também participaram do Seminário, o Diretor da Empresa Águas do Amazonas, Arlindo Silva, além de representantes da Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Regional de Odontologia-AM, Sindicato dos dentistas, Professores e odontólogos.

De acordo com Gilberto Pucca, a fluoretação das águas é um dos componentes da Política Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Ele explicou que a fluoretação foi considerada umas das dez medidas mais importantes do Século Vinte nos EUA. Ele disse ainda que Brasil tem o segundo maior sistema de fluoretação das águas de abastecimento público. A cada dia, 15 mil novas pessoas passam a receber água fluoretada no País.
Apesar do custo extremamente baixo – em SP gastou-se R$ 0,08 por pessoa em 2003 – a Região Norte ainda conta com poucas cidades com esse benefício. No Brasil, a população com acesso à água fluoretada, em 2003, era de 53%, já em 2009 pulou para 65%.A ausência de saúde bucal está ligada às doenças crônicas e pode causar doenças crônicas, como o infarto, por exemplo.

De acordo com Pucca, após a implantação do sistema, os resultados aparecem rapidamente. Em 2003, apenas 31% de crianças brasileiras com 12 anos estavam livres de cárie, já em 2010 o índice elevou-se para 44%. Para o especialista, nada justifica que uma cidade não tenha água fluoretada. “O acesso à água tratada salva vidas de crianças. A mágica da saúde bucal é além de cloro, ter flúor na água”, explicou.

O Professor Jaime Cury disse que água fluoretada ingerida regularmente na concentração ótima, garante a manutenção de uma concentração de fluoreto na cavidade bucal, capaz de interferir no processo de cárie. “Este beneficio não é apenas se a água for ingerida. Também no preparo de alimentos, o flúor pode ser absorvido.

O único efeito colateral sistêmico da ingestão de água fluoretada na concentração ótima é a fluorose dental, cuja alteração na estética dental não compromete a qualidade de vida e não muda a qualidade de vida das pessoas.

A água fluoretada está entre as dez conquistas se saúde pública do último século. O principal meio de usar o flúor é o coletivo, ou seja, através da água fluoretada. O flúor não se concentra em tecidos moles, apenas onde há cálcio (ossos). O excesso de flúor nos ossos poderia causar a fluorose óssea, mas isso só aconteceria se uma pessoa tomasse água fluoretada na concentração ótima por 265 anos.

De acordo com Arlindo Silva, Engenheiro da Água do Amazonas, a empresa está trabalhando para que a fluoretação seja uma realidade em Manaus, já a partir do primeiro semestre de 2012. Segundo ele, a adição na água não vai onerar a conta para o consumidor. Desde 2004, o Ministério da Saúde conta com uma linha de financiamento para a aquisição de equipamentos para o processo de fluoretação.

No final do Simpósio foi acordada a elaboração de um documento sobre as questões tratadas e acordadas durante o evento.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sou Dentista



Nunca quis ser médica. Tive muitas experiências ruins desde os sete anos de idade, com a Medicina, e talvez por isso nunca tenha me interessado tal profissão. Queria mesmo era ser Advogada, e todos que me conhecem dizem que levo muito jeito pra coisa, porque sempre estou falando no Direito.



Aconteceu que, no ultimo ano de ETFAM, minha irmã Dentista precisou de ajuda em seu Consultório, pois sua barriga de grávida já não permitia-lhe muitos movimentos; e lá fui eu ajudá-la. Acabei gostando da Odontologia, aquela coisa de chegar um paciente chorando de dor e medo de dentista, e depois de dormir na cadeira, sair feliz e sem dor. Achei legal isso de tirar a dor de alguém, mas menos com Medicina, tá?

Dizem que todo Dentista é um Médico frustrado, eu não; no máximo seria uma Advogada frustrada, se acreditasse em frustração. Confesso que já tive vontade de fazer Direito, mas acho que estou bem na Odontologia, ou melhor, na Odontopediatria.

Outro dia contei essa história enquanto atendia um paciente especial, e a mãe da criança falou “Se a senhora não fosse dentista, quem iria atender meu filho assim?”.
Então tá, NE? =D

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Socorro!!! É o SkyLab!!!

Com o advento de um novo satélite caindo na Terra, lembrei de uma historia que aconteceu na nossa infância.

No final dos anos 70, quando apenas engatinhávamos (rsrs), correu a noticia de que o satélite SkyLab cairia no Brasil, e mais precisamente na Região Norte.



No fatídico dia marcado para o satélite cair, nossa mãe, que nunca fez distinção entre os sexos para nos delegar tarefas, determinou que meu irmão mais novo fosse limpar o chão da cozinha, enquanto eu arrumava os quartos.

Meu outro irmão (não citarei o nome porque ele sempre negou que eu presenciei o fato) varria a varanda de casa quando o barulho de uma explosão assustou todos nós.

Não sabíamos o que era, mas meu irmão, muito religioso, gritava sem parar:
_ Jesus, me salva! É o SkyLab!


Enquanto nós procurávamos abrigo, com medo do SkyLab, nossa mãe, percebendo o que realmente tinha ocorrido, correu para a cozinha, preocupada com meu outro irmão que deveria estar lá, limpando o chão (a sorte que ele não estava).

O estrondo terrível, que fez meu irmão rapidamente lembrar-se de pedir que Jesus o salvasse, foi apenas a panela de pressão que explodiu.

Nesse dia não comemos feijão, mas as lembranças e gozações com o meu irmão duram até hoje!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

GATO TEMERÁRIO (só pode!)

Chegava eu na casa dos meus pais, como faço todas as manhãs, quando me deparo com a terrível cena:

Um gato preso ao portão, querendo entrar no território do N.* (dog alemão do meu pai), que latia freneticamente à esperar que o incauto gatinho caísse em seus domínios.

Saí correndo do carro, aos gritos para que alguém ajudasse, segurei com dificuldade o animal, e depois de muito “pelejar” com o gato e brigar com o cão, consegui, junto com a dona Terezinha, tirar o temerário bichano do portão.

O gato, talvez voltando ao seu juízo normal, correu a abrigar-se debaixo do meu carro,


enquanto que o N.* ficou a latir do outro lado do portão, provavelmente aborrecido comigo.




N.*: nome omitido por:
1. Questões de segurança;
2. Ser o nome/apelido de um famoso político do Amazonas.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Motorista Educado.

Quem foi que disse que Manaus não tem motorista educado?!?

O motorista Walter Afonso, da linha 416(Renato Souza Pinto II) teve uma festa surpresa de aniversário, organizada pelos passageiros que pegam seu ônibus todos os dias.

Na opinião dos passageiros, Walter é uma pessoa carismática, além de educado e atencioso, o que faz com que os passageiros sintam-se à vontade e tranquilos no seu veículo.









Que o exemplo desse motorista, que demonstra gostar do que faz (dirigir ônibus e lidar com seres humanos) possa ser seguido por outros, em Manaus.

sábado, 23 de julho de 2011

"E se... ?"

Adoro este vídeo! Acho emocionante a relação de confiança entre mãe e filho! =)



quarta-feira, 13 de julho de 2011

A Fluoretação das águas de abastecimento no Brasil



Em Outubro de 2003, a cidade de Baixo Guandu (ES) comemorou meio século de fluoretação de suas águas de abastecimento. Foi a primeira cidade no Brasil a ter suas águas tratadas com o flúor para a prevenção da cárie, sendo seguida por Marilia – SP, e depois pelo Rio Grande do Sul.

No inicio do século XX, os estudos sobre a relação flúor – cárie mostraram que esse novo artifício de prevenção seria um “divisor das águas”, pois a cárie sempre foi, juntamente com o resfriado comum, a doença que mais afeta a humanidade, atingindo, indistintamente, sexo, idade, raça e condição social.

O primeiro pais a ter sua água fluoretada foi os EUA, em 1945, logo depois a Suécia e Alemanha Ocidental em 1952, e o Brasil em 1953. A fluoretação foi recomendada pela ADA em 1950, e pela OMS em 1969.

No Brasil, a Lei Federal nº 6.050 (24.05.74), regulamentada pelo Decreto nº 76.872 (22.12.75), determina os parâmetros para a fluoretação das águas de abastecimento. No art. 3º do referido decreto lê – se que “compete ao órgão responsável pelo sistema publico de abastecimento (...) o projeto, instalação, operação e manutenção dos sistemas de fluoretação...”.

Ainda como argumento, podemos citar o parecer técnico do Ministério da Saúde, sobre a fluoretação: “... ratifica – se o entendimento segundo o qual não fluoretar a água no Brasil ou interromper sua continuidade deve ser considerado uma atitude juridicamente ilegal, cientificamente insustentável e socialmente injusta”.

O Brasil foi um dos primeiros paises a efetivar a fluoretação das águas para combater a cárie, mas poucas cidades, até os dias de hoje, podem copiar o exemplo da cidade de Baixo Guandu, quer seja por iniciativa das empresas que abastecem as cidades, ou pelo interesse de nossos representantes em fazer cumprir uma lei federal.

Anna Borges Louzada
Odontopediatra
CRO-Am 1192.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Tesão de mormaço

Caro Sr. Eugenio Santana,

Escrevo-lhe estas mal traçadas linhas, e não repare os senões, como diria José Ribamar Bessa Freire (conhece-o?!?) para tentar explicar-lhe os fenômenos que o senhor sofreu em Manaus, infelizmente sem o saber, o que é muito comum e compreensível quando se está mais por fora do que água de coco (não se diz aqui “bunda de índio”!) em Historia e Geografia do Brasil, antigas e atuais.

Pelo seu relato, minha mãe, uma senhora simples que ocupou por pouquíssimo tempo os bancos de escola (seu curriculum vitae resume-se em ter educado muito bem seus filhos), mas viajou pelo Brasil quase todo (e gostou e elogiou cada cidade que conheceu), diria que o senhor sofreu um fenômeno que o sol quente de Manaus causa ao esquentar a moleira do caboclo, a conhecida leseira baré; isso provavelmente teve complicações ao juntar-se ao bodó ticado que o senhor comeu (da próxima vez aceite o tambaqui, ou procure um restaurante de outra nacionalidade; Manaus tem muitos!).

Parece-me que essa combinação não fez-lhe muito bem, o que me leva a crer que o senhor não sofreu aquele outro fenômeno muito mais prazeroso de Manaus, o tesão de mormaço.

Quanto ao fato de amazonense não querer ser chamado de índio, muito provavelmente o senhor esbarrou em falsos amazonenses, desses que vêem de outras cidades para o Amazonas, onde conseguem trabalhos excelentes, que muitas vezes não conseguiriam em suas cidades de origem.

A miscigenação do povo brasileiro não pode ser observada apenas na cor da pele e/ou na região de origem; o Brasil sofreu muitas invasões, desde 1500, e os invasores encantavam-se com as índias, mas isso é História do Brasil, e nem todos gostam de falar apenas de si, como se fosse o mais importante.

Na questão de encontrar muitos torcedores do Flamengo, e não só desse time carioca (mania nossa de ser universal!), colabora o fato do nosso estado não ter uma boa política de incentivo ao esporte, o que, me parece, não é um problema local. Também não é o seu caso (suspeito), que deve torcer apenas pelo time do seu estado, com certeza, no que faz muito bem!

No mais, devo dizer que o senhor citou problemas não apenas locais, mas de todo o nosso querido território nacional, essa Pátria Amada Mãe gentil que, como toda mãe, abriga todos os filhos, sem distinção de educação e/ou bom senso.

Nossa terra e nosso povo são assim mesmo, hospitaleiros, calorosos, generosos, independente de títulos e/ou afetação de quem aqui chega.


Atenciosamente,
Anna Louzada
(uma amazonense não tão viajada como minha mãe, nem educada como o senhor).

"Se queres ser universal, fala da tua aldeia" Tolstoi

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Como sabe o meu nome?!?


Minha irmã Célia é o ser humano mais medroso que eu conheço; para se ter uma idéia, ela tem medo de borboleta! Algo do tipo sobrenatural, então, melhor nem contar para ela.

Em tempos idos, estava minha irmã no Rio de Janeiro, fazendo suas pesquisas, quando entrou em uma igreja em obras; o padre que a recebeu, para assombro dela, respondeu a todas as suas perguntas tratando-a pelo seu primeiro nome.

Ao ouvir seu nome, dito pelo padre, além do arrepio que minha irmã sentiu, procurou observar se tinha se identificado, mas era certeza que não.

E o padre continuava a tratá-la pelo primeiro nome, com a maior naturalidade, o que já estava deixando minha irmã apavorada.

Ao final da conversa com o padre, Célia já se despedia, agradecendo, e o padre:
_ Vá com Deus, Célia!

Aí ela não aguentou! Voltou da porta da igreja, arrepiada até o último fio de cabelo, e perguntou, tremendo de medo da resposta:
_ Escute, padre, como é que o senhor sabe o meu nome, se eu nem me identifiquei?
O padre sorriu para a moça desconfiada, e respondeu:
_ Ué, minha filha, o cordão que você usa tem o seu nome!
Só então Célia lembrou que usava o cordão que ganhara da querida amiga Patrícia, de Manaus.

MORAL DA HISTÓRIA: Se não quer que digam seu nome, não use um cordão com o mesmo!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Não desçam do caixote!

Desconheço o autor, mas imagino que seja um sábio!




“Todos os dias, em uma praça, um ancião arma um caixote e sobe para falar às pessoas que passam. O homem diz a todos que devem mudar, e amar mais o seu próximo. Ele faz isso todas as manhãs, e as pessoas continuam a passar, sem sequer um olhar para o ancião.
Um dia, um homem que sempre passava e via que o ancião falava em vão, pergunta-lhe:
_ Por que você não desiste? Não vê que eles não querem mudar e sequer ouvem você? Desça daí!
O ancião respondeu:
_ Porque, se eu descer deste caixote, eles é que terão me mudado.”

domingo, 8 de maio de 2011

O presente da minha mãe


Acho que nunca dei um presente convencional para minha mãe. Não me lembro de ter dado uma roupa, ou um calçado, muito menos um eletrodoméstico.
Certa vez, minha mãe assistia ao Programa do Jô, e viu a entrevista do autor de “Olga”; no outro dia ela me disse que queria aquele livro. Coincidiu de ser às vésperas do segundo domingo de Maio, e aí foi fácil escolher o presente dela.
Também já dei muitos CD’s de presente à minha mãe, mas o presente que eu sempre gostei de dar, e sei que ela sempre gostou muito, são flores. Não um buquê de flores, mas sim flores para serem cultivadas. No jardim de minha mãe existem rosas, rosas-meninas, gérberas, angélicas, entre tantas; a última que eu dei, em Novembro passado, foi dália.
Minha mãe sempre quis ter dália em seu jardim, mas dizem que o clima de Manaus não ajuda muito; sempre que eu via alguém vendendo flores, perguntava pela dália, até que um dia eu encontrei na feira da Eduardo Ribeiro. Comprei o vaso com uma linda plantinha com um único botão, e levei para minha mãe; pena que ela ainda demorou alguns dias para florescer.
Antes que a dália mostrasse sua bela flor que minha mãe tanto queria ver, ela sofreu seu sétimo AVC isquêmico, e depois disso ela não teve mais a mesma alegria de apreciar e cultivar suas flores; e a dália está lá, junto com as outras flores, cada vez florescendo mais. Às vezes eu coloco o vaso mais perto dela, para que ela veja, mas parece que ela já não se apercebe de suas flores.
Hoje, Dia das Mães, dei novamente o presente que sei que minha mãe mais gosta, ou gostava, não importa; dei flores: Azaléias.
Minha mãe pode até não mais aproveitar como antes, mas ela continua sendo a minha mãe que ama/amava as flores!

domingo, 1 de maio de 2011

A doença CÁRIE.

A cárie é uma doença multifatorial. Para que ela se inicie, são necessários quatro fatores: a bactéria Streptococcus mutans, uma dieta rica em açúcar, a baixa resistência do hospedeiro e o tempo



necessário para que o processo de desmineralização do esmalte ocorra. Se um desses quatro fatores não estiver presente, a cárie não aparecerá.

Quando a criança nasce, sua boca é estéril (livre de bactérias). Estudos mostram que, poucas horas depois de nascer já há colonização de bactérias oriundas das pessoas que manipulam as crianças, ainda no berçário da maternidade. Essa colonização continuará em casa, com pessoas que beijam as mãos e pés que o bebê depois levará à boca; também ao soprar a comida da criança, ou usar a mesma colher, pode-se transmitir bactérias e vírus, como o da gripe.

A bactéria metaboliza o açúcar, produzindo ácidos que enfraquecem o esmalte, retirando os minerais (desmineralização). Se esse processo se repete por muitas vezes, em poucos intervalos de tempo, aparecerá uma cavidade no dente (cárie). O Flúor, durante a escovação, “puxa” os minerais de volta para o esmalte (remineralização), impedindo a formação da cárie.



A resistência do hospedeiro (ser humano) também influencia no aparecimento da cárie. Existem pessoas que nunca pegam gripe ou virose, enquanto que outras gripam todo mês. Assim é com a cárie. Irmãos, às vezes, têm a mesma dieta, e só um tem cárie, apesar de escovar os dentes mais vezes, enquanto que o outro mal escova os dentes e não tem cárie.

Nossa boca tem mais de setecentas espécies de bactérias, mas só uma inicia a cárie. O fato da pessoa não ter cárie não significa que ela não possa transmitir a bactéria Streptococcus mutans, mas só a união desses quatro fatores fará com que a cárie apareça.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Tiradentes não tinha twitter!

Joaquim José da Silva Xavier foi um mineiro que preferiu puxar carroças a entregar as riquezas do Brasil Colônia para seu invasor, Portugal.


A alcunha de Tiradentes devia-se ao ofício de minimizar as dores de dentes dos seus conterrâneos, pois na época não existia nenhuma faculdade de Medicina no Brasil, imagine então de Odontologia!

Após a tentativa de impedir o pagamento dos impostos para Portugal, frustrada pela traição de Silvério dos Reis, Tiradentes foi o único a “pagar o quinto”. Enquanto seus pares, muitos por serem possuidores de bens e/ou filhos de boas famílias, foram exilados, o Alferes foi enforcado e esquartejado em praça pública, ficando seus restos mortais expostos para que servisse de exemplo.

O Amazonas não tem um herói do porte de Tiradentes, e qualquer tentativa de mera semelhança, nos remeteria, no máximo, a um Silvério dos Reis.

Se o Silvério de outrora usasse os nossos recursos atuais, poderíamos dizer que o embate estaria equilibrado, pois já não existe a possibilidade da execução em praça publica, apesar do youtube. Porém, os tempos eram outros, onde qualquer pessoa poderia chegar e perguntar “É aqui que trabalha o Tiradentes?”, e aí, como ele não tinha twitter, enforcar o alferes!

terça-feira, 12 de abril de 2011

SE!


A menina de sete anos entrou no consultório da UBS aos gritos. Pedi que a mãe a colocasse na cadeira enquanto eu olhava o prontuário, que informava que a criança estava com anemia.

Como existem vários tipos de anemia, e a mais comum que vejo é a ferropriva (onde a criança não é alimentada corretamente), perguntei à mãe:
_ A sua filha se alimenta bem? O que ela come?
E a mãe:
_ Ela come bem, sim! Ela come hamburger, come iogurte.

aqui

A conversa seria difícil, vi logo. Mas como a menina estava com dor de dente, resolvi intervir, com a ajuda da mãe para conter a paciente, para poder anestesiar e realizar o tratamento que tiraria a dor da pequena.

Após concluir o procedimento, sempre com a criança aos berros e pinotando, fui explicar para a mãe a importância de uma boa alimentação para a saúde integral daquela criança (Sim! Eu faço isso também no serviço publico!), mas percebia que “entrava por um lado e saia pelo outro”. Tudo bem, por hoje. Pedi à mãe que marcasse a próxima consulta para a menina continuar o tratamento.

No outro dia, ao chegar ao Posto, quem eu encontro de primeira? A mãe, muito brava:
_ Olha o que a senhora fez na boca da minha filha! – mostrou a boca da criança – Eu vou processar a senhora!
A menina apresentava o lábio mordido, devido à anestesia, o que comumente acontece em crianças, por mais que expliquemos aos pais como evitar.

Novamente expliquei para a mãe porque aquilo acontecera, e tentei receitar um remédio para passar no locar, mas ela estava irredutível e não quis conversa comigo.

Como eu não conhecia essa mãe (foi a primeira vez que atendi a criança) resolvi esperar o processo. Também resolvi esperar que ela voltasse para continuar o tratamento, o que não ocorreu. Alguns funcionários no Posto me diziam que aquela mãe era maluca, e que eu não ligasse.
A vida continuou.

Um mês depois, chego ao Posto, e novamente encontro a mesma mãe:
_ Doutorinha (assim mesmo!), a senhora poderia me indicar um amigo seu, para colocar aparelho na minha filha? (a mesma menina que sequer fez o tratamento odontológico).

E eu, com a cara mais limpa do mundo:
_ Minha senhora, se eu tivesse que indicar, seria um inimigo, e nunca um amigo!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Perdoem a retórica.

Ver o Prefeito de Manaus tratando mal uma moradora de área de risco, após um desabamento que causou três morte, é, no mínimo, triste, além de causar polêmica.
Alguns, mas não muitos, vêem apenas a pessoa irresponsável que invade uma área de risco; outros, que também não são muitos, vêem uma paraense que saiu de sua terra natal para “invadir” Manaus.
A situação de qualquer migrante, me parece, seria para melhorar sua vida, pois se lá estivesse bom, com certeza, ela não quereria estar aqui ouvindo o que ouviu de um prefeito.
Se a área é de risco, por que permitem invadir? (Perdoem a retórica).
Todos sabem o que/quem permite essas invasões.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O ATENDIMENTO PERSONALIZADO DA RENAULT (Parte 2)

Sábado, 08.01.2011: O funcionário da Renault me liga de um numero de celular, e como eu não atendo telefone quando estou trabalhando, ele mandou torpedo para os meus dois celulares, informando que meu carro já estava pronto, e que eu podia buscá-lo na Concessionária Porto Renault.

Ao chegar a Porto Renault, esperando pelo carro, perguntei ao funcionário que me ligou, Sr. Janio, se o pára-choques traseiro do meu carro também foi consertado, ao que ele respondeu que “NÃO FOI CONSERTADO POR FALTA DE TEMPO”; mas meu carro estava há DEZENOVE DIAS na Concessionária! Como não deu tempo de fazer um conserto que leva, no máximo, meio expediente?!?

Liguei pro meu irmão, que é advogado, e ele concordou que eu não retirasse o carro da Concessionária, mas saísse de lá com o mesmo carro que eu estava, ou com um outro que eles me dessem até devolverem o meu.

Ainda usando de toda a educação que meus pais me deram, avisei ao funcionário que não retiraria meu carro da Porto Renault se ele não estivesse nas perfeitas condições que estava antes de apresentar o DEFEITO DE FÁBRICA DO CILINDRO MESTRE DO FREIO.

Desta feita, o funcionário retirou-se para falar com o gerente (aquele que eu não quero nem ver). Aproximou-se o encarregado Sr. Rafael que me informou que “O ARRANHÃO NÃO ESTAVA COBERTO PELA GARANTIA”, onde eu tive que lembrá-lo que “O ARRANHÃO OCORREU QUANDO O CARRO BATEU POR FALTA DE FREIO, LOGO, CONSEQUENCIA DO DEFEITO DA FÁBRICA”, e que “TODOS DEVÍAMOS ESTAR BEM FELIZES PELO PROBLEMA NÃO SER MAIS GRAVE, POIS ESSE CARRO TRANSPORTOU MINHA MÃE NO DIA 02.12.2010, QUANDO ELA SOFREU O AVC, E NO DIA 17.12.2010, DOIS DIAS ANTES DO ACIDENTE OCORRIDO EM 19.12.2010”.

Ao terminar minha explicação para o Sr. Rafael, o funcionário volta da gerencia e me diz, em um tom que me lembrou alguns militares “O GERENTE DISSE PARA A SENHORA DEIXAR O CARRO, PORQUE ELE JÁ VENDEU ESSE CARRO QUE A SENHORA ESTÁ USANDO, E ESTÁ PRECISANDO DELE.”

Aí, tudo parou! Peraí! A peça só chegaria dia 10.01.2011 (PREVISÃO); o carro seria entregue dia 11.10.2011 (PREVISÃO). O gerente que eu não quero nem ver vende o carro que eu estou usando. Dia 28.12.2010 o mesmo funcionário me liga dizendo que “O GERENTE ESTAVA PRECISANDO DO CARRO QUE EU USAVA ATÉ O MEU SER DEVOLVIDO.” PeraÍ!!!! Quem me garante que meu carro não foi engatilhado apenas para o você-sabe-quem entregar o carro que já foi vendido?!?!?!

Pára tudo sim! PÁRA AGORA! “VOCÊS QUEREM O CARRO? ENTÃO CHAMEM A POLÍCIA!” (Não se preocupem! Não gritei, até porque estou rouquíssima). Acho que minhas palavras foram mais convincentes do que as do funcionário exigindo que eu devolvesse o carro vendido.

Liguei novamente pro meu irmão, que chegou à Renault, e conversou com o encarregado, mas eles, na verdade simples funcionários, não poderiam decidir nada, sabíamos disso.

Sendo assim, disse a eles que estava indo embora, pegar a nota de entrega do meu carro onde assinalava o arranhão e sua causa (a qual o encarregado negou ter conhecimento), e iria até o DP registrar o segundo B.O. contra a Porto Renault. Dito e feito.

Depois de fazer o B.O. pensei: Por que o SAC Renault não me ligou antes para avisar que a peça chegara? Eles me ligaram dia 04.01.2011 para informar a PREVISÃO de entrega do carro, mas, como o atendente Daniel, que é o encarregado do MEU ATENDIMENTO PERSONALIZADO, me ligou na terça, deveria ter me ligado na quinta ou na sexta, como sempre faz e disse que faria (ME LIGARIA A CADA 48 OU 72 HORAS). Se ele não ligou porque não tinha nada de novo pra me falar, eu entendo, mas eu imagino que, se ele ligou SÓ pra me dar a PREVISÃO DA ENTREGA, pois sabem que eu não estou nada satisfeita, acredito que eles se sentiriam aliviados por me dar essa notícia mais concreta, NÃO?!?!

E se eu ligar e o Sr. Daniel me informar que a peça NÃO CHEGOU????

Liguei para o SAC Renault, mas já era mais de 15 horas lá, e agora só segunda feira.
Decidi ligar para o SAC Renault às 6 horas da manhã de segunda feira, para perguntar ao Sr. Daniel qual a situação da peça. Hoje ainda é domingo, mas só postarei este texto amanhã, depois dos próximos capítulos...